sábado, 18 de agosto de 2018

idontwannabeyouanymore



Não sei bem o que irei escrever ou se realmente postarei algo. A ausência de sentimentos é realmente perigosa é como se eu estivesse buscando migalhas pelos bares, baladas, praças e até aplicativos de relacionamentos, como se quisesse sentir algo, nem que seja só para molhar os pés, mas acontece que não consigo ser rasa quando o assunto é este... sentimentos, sou uma pessoa intensa e sempre busco tirar o máximo da experiência. Infelizmente como consequência, acabo criando expectativas que na real? Elas nunca foram baseadas em coisas sólidas de fato, caraca... sentimentos, que coisa mais confusa. Acabo de receber uma notificação do celular mas é só um aviso de que a bateria está em seu final, I kinda wished that it was something else, but it wasn't... novamente, expectativas são quebradas a todo momento... Não sei realmente o rumo desse texto, eu simplesmente estou digitando e não parando mais. Só queria dizer que sentimentos podem ser um tanto quanto confusos, pretty much just like this text. Na verdade eu acho que não sei ser sozinha, ou estou tentando evitar enfrentar o fato de que isso seja verdade em minha vida e como uma solução temporária procuro qualquer coisa que me distraia, ou tento enganar a mim mesma, não sei. Embora os sentimentos sejam confusos, a dor é real, o peso que sinto no peito nessa madrugada fria é bem real, como posso me sentir vazia e ao mesmo tempo com um peso no coração, acho que a solidão também ocupa seu espaço.
Don't be that way, fall apart twice a day... Pois é Billie, você é nova mas sabe o que canta, sinto que é isso o que acontece comigo, diariamente, todos os dias, mas de alguma forma eu tento me manter em pé, segurando a barra... Esse texto não é sobre amor, ou é? Acho que é sobre a falta que a falta faz.
Não digo que só tenho dias ruins, tenho dias bons, dias que me descubro melhor e dias que não sei lidar com essa falta, afinal tudo acaba se voltando para eles... os sentimentos.
Caraca bicho, cheguei a conclusão que escrevi nada com nada, mas tentei colocar em palavras esses sentimentos confusos dentro de mim.

This is NOT a love story

This is NOT a love story



Se você chegou até aqui esperando ler algum texto bonitinho sobre amor, believe me, você não vai encontrar, este realmente não é um texto sobre amor... bom na verdade sim, é sobre o amor mas não a parte boa dele.
Uma vez li que a vida é foda, a gente só muda o sentido e a entonação de como dizemos essa frase, e isso é tão verdade in so may ways...
Nos é colocado o amor como algo puro, que todos almejamos ter e sentir, nos filmes de romance está repleto dos mais diversos clichês que possamos imaginar, mas todas as vezes que assisto, só consigo pensar em uma coisa: NÃO, NÃO É TÃO FÁCIL ASSIM. O cara popular não passa a gostar de repente da garota menos popular e geralmente ele só presta atenção na garota por causa de uma aposta idiota feita entre seus amigos, querendo provar de alguma forma o seu valor, tipo WTF? E no fim a garota sempre acaba perdoando, e a cena final é sempre eles se reconciliando dançando uma dança lenta e the end, felizes para sempre. Eu sei que isso é o que vende, porque convenhamos, a vida real é uma bosta, então por que os filmes precisam ser igualmente uma bosta? Não, pelo menos nos filmes as fantasias podem ser reais, mas a realidade não é assim, o cara popular não fica com a garota invisível, se a garota invisível confessa seus sentimentos, na vida real o cara popular iria rir e ela viraria motivo de piada. Porque essa é a vida, as pessoas são rasas.
Mas mesmo sabendo que a vida é foda, a gente se engana acreditando nesses filmes, nessa ideia de amor puro, fatasiado pelos filmes de hollywood. Comendo um pote de sorvete, assistindo um desses filmes clichês de romance, desliguei e disse "THAT'S NOT HOW LIFE IS, THAT'S BULLSHIT", e é isso, bullshit, não é real de fato, por isso é um filme.
A vida é foda, as vezes ela te permite sentir um pouquinho disso que os filmes nos proporcionam, como por exemplo, você tem o perfect date, você conhece um cara pela internet que aparentemente seja legal, conversam um pouco e de repente esse "pouco" se transforma em uma conversa aleatória, logo em seguida conversam sobre seus gostos e desgostos, indicam um ao outro músicas, compartilham experiências e se permite a ficar um pouco mais vulnerável, compartilha algo muito pessoal, porque de alguma forma sente confiança na pessoa e ela te retorna tudo isso, e de repente já são 03h da manhã e nem se dá conta, no dia seguinte você tem que estar de pé às 07h mas não se importa, porque já fazia há muito tempo que não se sentia daquela maneira, que não tinha uma conversa além do "tudo bem?", "o que está fazendo de bom?" e "a gente marca", depois de muito tempo parece que você tem uma conversa real, o que é difícil nesses dias. Finalmente ele te chama pra sair, e de repente seu coração bate um pouco mais forte, porque that shit feels real, it's happening, vocês conversam o tempo inteiro e é incrível como nunca falta assunto. Enfim chega o dia do encontro, você começa a se arrumar um pouco antes, por alguma razão acha que dessa vez não vai se atrasar e vai conseguir conciliar tudo, banho, cabelo, maquiagem, perfume e roupa, chega mensagem"tô aqui fora", 20h00 em ponto, OMG, você corre pra colocar o sapato e pega sua jaqueta favorita, ela combina com seu cabelo, não exagera muito na maquiagem porque quer que ele goste de como você realmente é... mãos geladas e de repente sente o tão famoso borboletas no estômago que descrevem naqueles filmes clihês, talvez essa shit seja real after all, você indaga. Você o vê e ele realmente é muito bonito, o abraça pela primeira vez e se sente acolhida, segue para o lugar escolhido, no caminho ele coloca algumas músicas, você o espia com os olhos e o vê cantando com tanta conviccção, não pode esconder seu riso, você acha aquilo fofo, ele te olha e sorri, com um sorriso largo e bonito, não muitas palavras são trocadas, deve ser o nervosismo de se encontrarem pessoalmente pela primeira vez. Vocês chegam até o local, um lugar muito descolado e aconchegante, "você escolhe" ele disse, você escolhe uma com uma iluminação bonita, e quando vê no objeto que guarda os guardanapos percebe que está escrito o seu número favorito, 5, você por algum motivo pensa "é o destino", depois de uma tequilla, as conversam começam a fluir, várias risadas, tudo tão espontâneo, vocês compartilham várias experiências, ele te explica o por quê da tatuagem, você fala do por quê ter sido expulsa da dança uma vez, a conversa vai de política à um vídeo fofo de cachorrinhos na internet, vocês comem e de repente, ele toca sua mão e você só consegue pensar "ele realmente quis tocar minha mão, foi proposital ou sem querer?" e aquelas borboletas no estômago voam sem parar, ele chega cada vez mais perto de ti, não de uma maneira bruta mas aconchegante. Vocês pagam a conta e vão à caminho de sua casa, na volta os dois já estão cantando músicas aleatórias da rádio e rindo muito sobre isso. Ele pára em frente de sua casa e vocês dois começam a conversar sem parar com uma música de fundo rolando e basta um olhar pra sacar o que está prestes a acontecer, o beijo, e por fim acontece, você se sente muito bem, como não se sentia havia um tempo, depois disso conversam mais e mais e ele faz uma trança fina em seu cabelo a te chama de viking, você ri mas gosta, não desfaz a trança, dá um beijo de good night kiss e sai do carro, abre o portão e olha pra trás mais uma vez, acena com um sorriso, ele  responde com outro sorriso, você entra em casa com um sorriso de ponta a ponta e vai correndo pra seu quarto e se joga em sua cama já procurando o celular pra ver se tem uma mensagem, "será que eu mando uma? ou devo esperar?" resolve esperar, manda uma mensagem pra sua melhor amiga aviusando que chegou e que foi um date incrível, se troca e de repente quando está vestindo seu pijamas, escuta o barulho de notificação do celular e vê a tela ficar acesa, você corre, tropeça e cai de tanta animação, pega o celular e do chão vê que é ele, você não pode evitar mas sorrir, "as vantagens de se morar perto, já cheguei em casa", você responde e começam a conversar sobre como a noite foi incrível, depois dão boa noite um ao outro, se deita e vê a trançinha que ele fez, você sorri e decidi deixá-la assim, tu sente o perfume dele que ficou em ti, "parece que tô vivendo um filme" é só o que consegue pensar, depois de muito tempo, você dorme muito feliz. Encontro perfeito, não? A vida é foda!
Depois de mais alguns encontros, as coisas começam a mudar de repente, ele já não te responde com a mesma intensidade, como se fosse mais uma obrigação do que realmente um desejo de conversar, e infelizmente você é orgulhosa demais para perguntar alguma coisa, simplesmente o responde na mesma moeda... indiferença, de repente o tempo de respostas mudam para 20 minutos, horas, dias... até que param de se falar e você não sabe nem o por quê, toda aquela expectativa que um dia foi criada, pensando que talvez essa seria uma pessoa especial, começa a ser mudada. Depois de alguns dias, ele volta como se nada tivesse acontecido, e pensa "ele poderia estar passando por dias ruins, talvez seja isso", vocês começam a conversar novamente mas isso dura apenas 20 minutos, depois mais três dias sem se falar, começou o famoso jogo, o jogo do desinteresse e por algum motivo eu sempre perco nesse jogo, mas é por W.O, porque eu não tenho paciência para jogá-lo por muito tempo. Isso é frustrante, a vida é foda!
 E aí você se sente substituível, porque depois de algumas semanas ele já está flertando com outra nas redes sociais, provavelmente indo à encontros incríveis com ela, não sei, sou orgulhosa demais para demonstrar qualquer tipo de vulnerabilidade, ou seja, meus sentimentos, não que ele me devesse explicações, não, mas sabe quando você se deixa enganar pelos filmes e cria aquela expectativa de que talvez dessa vez, seria diferente? A vida é foda!
De repente, sente que está faltando alguma coisa, porque mesmo criticando os filmes clichês, você quer sentir aquela coisa, então procura em cada canto alguém que esteja disposto a te dar pelo menos um pouquinho daquilo, e é aí que fica complicado, porque essas coisas não se pode fingir, ou serem forçadas, a vida coloca na sua vida, no momento e lugar certo. Mas mesmo assim você apela, e até que encontra uma pessoa legal no meio desse desespero(?), não sei se posso colocar dessa maneira, como não encontro uma palavra mais apropriada, vamos ficar com esta. E pá, começa tudo novamente, o primeiro encontro, conversas até tarde, experiências pessoais sendo compartilhadas, borboletas sendo revividas no estômago e pensa novamente, "será que dessa vez vai dar certo?", não conseguindo se conter, se sente o próprio Ted Mosby de how i me your mother, mesmo com um pouco de consciência, você se entrega da mesma maneira intesa outra vez pra no final, acontecer a mesma coisa, as conversas estão demorando horas, dias, semanas... e cai no jogo do desinteresse novmente, o jogo que mais odeia no mundo, você é péssima nele! A vida é foda!
 E, pela segunda vez está passando pela mesma coisa, apenas com pessoas, lugares e detalhes alterados, mas é a mesma história. Será a vida um roteiro pronto, e você não pode fazer nada a não ser segui-lo? Porque relacionamentos são como scripts? Você só tem que seguir e vai acabar da mesma forma, duas pessoas legais que gostam da companhia uma da outra, de repente algo muda, DO NADA, e não sabe o por quê, mas essa coisa continua acontecendo, over and onver again... no final você acaba sendo o seu maior carma ever, substituível, sempre foi assim, desde a primeira pessoa que me relacionei, será esse o meu script? A vida é foda!
Você decide que nada e nem ninguém vai fazer isso contigo novamente, então cai de cabeça no trabalho, foca nisso, quando está lá não sente suas dores internas, não se sente substituível, se sente útil, talvez eu seja muito dependente emocional, qual é dessa de sempre ter que estar gostando de alguém? Caso contrário parece errado, "talvez eu só tenha que ocupar minha cabeça", é o que você indaga. Acordar às 08h, sair pra correr, tomar café, preparar as coisas pro serviço, tomar banho, almoçar, ir pro serviço, voltar, assistir friends, ficar nas redes sociais, dormir, acordar e fazer tudo novamente, você cai em uma rotina viciosa e que por um tempo, isso te faz bem... Mas tem um dia que não consegue fazer uma tarefa de sua rotina e decide adiá-la, quando chega do serviço, você toma banho, é dia de lavar o cabelo e tirando o shampoo do cabelo, se olha no reflexo do boxe, é só você com você mesmo ali, naquele momento, já fazia tempo que não se olhava no espelho, sente uma coisa pesada, olhando pra si mesma, chora, quando foi a última vez que fez algo de bom pra você mesma? Focou só em você e não no serviço, em outras pessoas, SÓ EM VOCÊ? Quando foi que esqueceu de se amar? Você procurou tanto alguém que pudesse te amar, está tão preocupada com isso que esquece de fazer o principal, tomar conta de si mesma, porque muitas vezes, você tem que passar por essas coisas, que ninguém pode fazer a não ser você mesma. A vida é foda!
A vida não é feita de clichês como nos filmes, em que se você termina um relacionamento e do nada aparece uma pessoa muito legal logo em seguida, vocês se apaixonam e dá tudo certo, ou quando você está no meio de uma argumentação com alguém, e quando a pessoa te fizesse uma pergunta que não soubesse ou não quisesse responder, o telefone toca, ou alguém bate na porta, NÃO, na vida você tem que escolher machucar a pessoa dizendo a verdade, nenhum telefone vai tocar interrompendo esse momento, na vida real você tem que lidar com as consequências de suas palavras e atos, não vai aparecer alguém pra remendar seu coração, você tem que aprender a cuidar de você e talvez, isso não seja uma coisa ruim, você acaba se conhecendo melhor, seus limites e desejos. Talvez esteja tudo bem, ninguém é feliz o tempo todo, isso é só enganação das redes sociais, mas pelo menos dessa vez, eu queria que tivesse um script pra saber o que faz quando se sente perdido?

A vida é foda!

- Bruna Diniz Lopes